sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Júlio César

Nasceu no ano 100 e morreu, assassinado, em 44 a.C., ao cabo de uma carreira que fez dele o primeiro homem político de Roma. Dois anos após a sua morte ser-lhe-ia atribuído o estatuto de deus do povo romano.

A sua entrada na vida pública foi precedida por vários anos de instabilidade em Roma. O jovem César começou por se dedicar à vida militar, que sempre lhe serviria de suporte às ambições políticas. Alcançou, depois, posições de menor importância na magistratura, até que, em 69 a.C., foi eleito questor. O cargo trouxe-o à Península Ibérica, e mesmo a território que é hoje em dia português. Mais tarde, em 62 a. C., foi eleito pretor, tendo de seguida ocupado o cargo de governador, mais uma vez, na Ibéria.
Em 60, constituiu então, com Crasso e Pompeu, um triunvirato que duraria até ao ano de 56 a.C. Em 59 César foi eleito cônsul.

Para conquistar a simpatia do partido democrático, distribuiu terras aos Consulado veteranos de Pompeu e propôs que fossem dadas as terras incultas da Campânia às famílias com três filhos. Tornou-se popular e temido.

Depois de sua filha Júlia, se ter casado com Pompeu, e ter levado como seu lugar-tenente o filho de Crasso, inaugurou a conquista da Gália. Repelindo a invasão dos Helvécios e dos Germanos, apareceu entre os gauleses como um salvador. A revolta estalou com Vercingétorix, chefe arverno, que foi cercado em Alésia. Dotando o exército com uma técnica e uma disciplina nunca atingidas, dominou a Gália após nove anos de gloriosa campanha.


Na imagem: rendição de Vercingétorix (lançou aos pés de César as armas e o escudo, mas não entregou o cavalo, que considerava como fazendo parte do seu próprio corpo).

A morte de Crasso no oriente colocou frente a frente dois rivais: César e Pompeu, destruindo o que haviam prometido na Conferência de Luca de viverem em plena harmonia. O Senado, sob pressão de Pompeu, destituíra César do exército. Reuniu as suas legiões e, atravessando o Rubícão (o que era considerado como inimigo de Roma), disse a célebre frase: «Alea jacta est» (está lançada a sorte). Pompeu fugiu para a Grécia onde foi vencido na batalha de Farsália, enquanto os seus lugar-tenentes Lépido e Marco António defendiam Roma. Ptolomeu, que cortara a cabeça a Pompeu, foi destituído por César, e substituído no trono egípcio por sua irmã Cleópatra.

Do Egipto passou à Asia-Menor, resumindo na conhecida frase: «veni,vidi,vici» (cheguei, vi e venci) a sua campanha contra Farnácio, filho de Mitrídates. O Senado nomeou-o Ditador. Venceu Juba, rei da Numídia, em Tapso, que apoiava os partidários de Pompeu, e em Munda os pompeanos espanhóis. Querendo fundar um império à maneira de Alexandre, foi assassinado nos Idos de Março (15 de Março) em pleno Senado por Cássio e Bruto.

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